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4.1.12

Paisagens


Deslizando




Passeio de barco a remo na Fazenda São Jerônimo, em Soure, Ilha de Marajó. Canção de autoria de Mestre Diquinho, com ele e o Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho.

Visões


A arte, às vezes, é que melhor sabe o caminho



Trechos do espetáculo teatral realizado no mangue da Fazenda São Jerônimo, Soure, Ilha de Marajó – Pará, Brasil. O trabalho é fruto da residência artística de Katia Brito na região. Os atores e músicos são sourenses.



Vídeo por Luarebr 

Emoções


Antes da Fazenda ser aberta ao público



Um minuto em que você pode ver vários ângulos da Fazenda, com os participantes do reality show No Limite 3, de 2001. 



Vídeo original por DiuareNoLimite3.  




Cenário


Aqui há muitas possibilidades 



Aqui na Fazenda e aqui na Ilha de Marajó. Arte é apenas uma delas.



Vídeo original por Luarebr.

1.1.12

2001


Aventura na Fazenda





Assim a São Jerônimo foi descoberta pelo Brasil. Veja como ela ficou linda na tela.






Vídeo original de Pauloap.








27.12.11

Festa



Aqui, no restaurante





Só pra você ter uma ideia das dimensões do restaurante, um pouco da cultura local.






Vídeo Encontro de dos bois Areia Branca, Zangado e Pai do Campo na fazenda São Jerônimo (Soure-Pa) original de Carla Augusta Barroso.

Moqueca na TV



Ela virou notícia






Soure é onde se aprende a fazer a Moqueca de Filhote

O Globo Rural foi à Ilha de Marajó, no Pará, para saber como é preparada uma moqueca de filhote, um peixe amazônico, cozido no leite da búfala. E conhecer também o turu, um molusco muito apreciado pela região. Esta é a última reportagem da série sobre a culinária paraense.

Com cerca de 50 mil quilômetros quadrados, a Ilha de Marajó tem tamanho de Estado. É uma área equivalente, por exemplo, ao Rio de Janeiro.

A ilha fica na foz do Rio Amazonas e encanta pela diversidade. Praias, lagos, igarapés, florestas dão vida a um sem número de espécies animais, como o guará, uma das mais belas aves do Brasil e símbolo do Marajó. Esse santuário ecológico preserva suas tradições na cerâmica marajoara; em danças, como o carimbó; e na culinária.

A equipe de reportagem chegou pela Baía de Marajó, no lado leste da ilha, com chuva. Pancadas rápidas e passageiras fazem parte do cotidiano. O destino é Soure, uma das principais cidades da ilha. Com pouco mais de 21 mil habitantes, Soure é conhecida como a "pérola marajoara" ou "capital do búfalo", e atrai turistas do mundo todo.

No lugar fica a sede da Fazenda São Jerônimo, um hotel fazenda. Quem recebe a equipe e o proprietário, Raimundo Brito, o Seu Brito, marajoara legítimo, como gosta de dizer.

“O búfalo se adaptou bem ao Marajó porque é uma região pantanosa. Atualmente o búfalo serve para praticamente tudo”, disse seu Brito. Na Ilha do Marajó tem mais búfalo do que gente. São 270 mil cabeças. É o maior rebanho do país.

A Dona Jerônima é esposa do Seu Brito. Chefiando a cozinha da Fazenda, acabou se tornando referência em culinária marajoara. Ela desenvolveu uma série de receitas com ingredientes típicos, a mais famosa delas, premiada em festivais de gastronomia, é uma moqueca nada tradicional. “É moqueca de filhote no leite de búfala”, disse.

O filhote é, na verdade, a piraíba, peixe de couro que vive nas bacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Ele é enorme, chega a dois metros de comprimento e 300 quilos. A carne é rígida, fibrosa, só apreciada quando o peixe ainda é jovem e tem no máximo 60 quilos. Daí o apelido: "filhote".

Para um quilo de filé de filhote temperado com limão e sal, a Dona Jerônima usa:
Tomate picado e cebola picada - 3 colheres de sopa cada um
1 pimentão picado
2 colheres de sopa de pimenta cheirosa
2 colheres de sopa de cheiro verde
2 colheres de sopa de urucum
1 colher de chá de alho picado
5 colheres de sopa de azeite de oliva
1 ½ litro de leite de búfala
cebola, tomate e pimentão em rodelas para enfeitar o prato
sal a gosto

A Dona Jerônima divide os ingredientes em três partes para fazer a moqueca em camadas. Ela coloca um terço da cebola, do peixe, da pimenta cheirosa, do tomate, do pimentão, do cheiro-verde e do leite. E repete tudo mais duas vezes. Depois, coloca o alho cru. A Dona Jerônima deixa ferver um pouco e ainda acrescenta a cebola, o tomate e o pimentão em rodelas para enfeitar.

A moqueca ainda descansa na panela de pedra por cerca de dez minutos, fora do fogo. Enquanto a moqueca fica no ponto, a Dona Jerônima costuma servir uma sopinha de turu com tucupi de entrada.

Para conhecer o turu é preciso entrar no mangue. Além do Seu Brito, vai o Hamilton de Souza, um turuzeiro experiente e um funcionário da Fazenda. O mangue é fechado. Uma ponte de bambu improvisada ajuda no deslocamento. Eles buscaram troncos de mangueiro, árvore de grande porte muito comum na região.

Assim como a ostra ou o marisco, o turu é um molusco. Com seu corpo alongado e cilíndrico, lembra uma lombriga. É da família dos teredinídeos e ocorre em ambiente de água salobra, em manguezal.
Com seus dois dentões, o turu se alimenta da madeira e pode chegar a um metro de comprimento. É importante para decompor a matéria orgânica do mangue, mas pode ser um terror para embarcações.
Os turus seriam, até, os responsáveis pelo naufrágio da Caravela Vizcaina, que integrava a frota da quarta e última viagem de Cristóvão Colombo à América.
No Marajó, tornou-se alimento importante para os ribeirinhos.

O Hamilton explicou que há muitas formas de saborear o turu, com limão, no tucupi, no sumo do coco. O jeito bom de comer é tirar do mangueiro e comer. Com um pauzinho o Hamilton fura a barriga do turu e limpa. Joga uma água e come.

A moqueca é servida com arroz e pirão. 


Veja mais sobre a moqueca de filhote aqui.