1.1.12

Simpatia



Um jeito de ser



E viva a simplicidade.

Dizem que muitos engenheiros e jornalistas são cozinheiros frustrados. Isso deve ter um fundo de verdade, porque conheço vários deles que fazem gastronomia, se não o curso regular, pelo menos cursos esporádicos.

Gostam de receber amigos, contar suas incursões na cozinha, e comprar livros sobre gastronomia. A tradução de passeio pra esse povo é dar uma volta pela rua Paula Souza e pelo Mercado Municipal.

Um desses aficionados é um amigo engenheiro, o Maurício, que foi ao Food & Wine e entre tantos workshops, assistiu à apresentação de Jerônima Barbosa, proprietária da Pousada São Jerônimo na Ilha de Marajó.

Quando o encontrei, no dia seguinte ao evento, ele ainda estava empolgado com Jerônima, completamente cativado pela simplicidade e pela experiência dela. Uma dessas coisas que mais o impressionou foi o turu, que aprendeu com ela tratar-se de um molusco “que penetra no tronco de árvores caídas nos ‘mangueiros’, tipo de mangue”.

O turu, segundo ele, é comprido e fino, podendo chegar a ter 1m de comprimento. São encontrados dentro das toras de madeira que são quebradas pelos nativos que os colhem e utilizam de diversas formas. Alguns o comem cru, outros em preparados como caldos e cozidos. O Maurício provou o turu cru e segundo ele, o gosto se assemelha ao da ostra, com um gostinho de madeira ao fundo.



Texto e foto de Reiko Miura no blog Perfume de pequi.

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