É só parar pra ver
Fazenda São Jerônimo em Marajó
– 1º parte
Visitamos duas fazendas. A primeira foi a Sao Jerônimo, um lugar tão selvagem e radical que
foi locação do programa No
Limite em 2001.
Na chegada, os visitantes se reúnem na sede na
sede da fazenda, que sobrevive do turismo e da extração de côcos. De lá, fomos
levados por uma trilha no meio do mato por nosso guia, Seu Lázaro, um caboclo
muito simpático e bem humorado. Volta e meia parava, dava uma olhadinha para
trás e dizia:
- Deixa eu ver onde está o último, que é pro
Curupira não levar!
No meio do caminho, topamos com cutias esbaforidas e uma
turma de macacos-de-cheiro - um macaco pequenininho de rabo empinado - correndo
a nossa frente.
Chegamos a um braço de mangue semelhante a um
rio, onde embarcamos em uma pequena canoa cheia de água no fundo. Ufa! Um tal
de tirar a água com a cuia!...
Fomos levados pelas remadas vigorosas do Seu
Lázaro e seu ajudante, Aílton, avistando coqueiros meio submersos e revoadas de
garças, guarás e papagaios por todos os lados. É uma gritaria nos ares! Benza
Deus, a natureza!
Lá pelas tantas, o mangue deságua em um estuário
muito aberto, onde do lado direito é a mata fechada e do lado esquerdo, uma
praia de areia tão branca e fininha que nossos pés afundavam até os tornozelos.
Ali, era permitido o banho.
- Mas cuidado com a arraia! - preveniu Seu
Lázaro.
Aprendi com ele: as arraias costumam dormir
rentes ao chão, cobertas por uma fina camada de areia, junto à superfície das
águas. Se pisamos nelas: zupt! Lá vai um ferrão no pé. A solução é entrar na
água juntos, em bloco, e nunca se aventurar muito longe sozinho.
- Assim, elas fogem - explicou o caboclo.
Foi o que fizemos. Delicioso! A água é meio
doce, meio salgada, bem leve, fruto da mistura das águas do Rio Amazonas, Xingu
e do Oceano Atlântico.
Veja a continuação clicando aqui.
Texto e fotos de Valéria Martins no blog Pausa do Tempo.
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