31.12.11

Beleza



É só parar pra ver








Fazenda São Jerônimo em Marajó – 1º parte


Visitamos duas fazendas. A primeira foi a Sao Jerônimo, um lugar tão selvagem e radical que foi locação do programa No Limite em 2001.

Na chegada, os visitantes se reúnem na sede na sede da fazenda, que sobrevive do turismo e da extração de côcos. De lá, fomos levados por uma trilha no meio do mato por nosso guia, Seu Lázaro, um caboclo muito simpático e bem humorado. Volta e meia parava, dava uma olhadinha para trás e dizia:

- Deixa eu ver onde está o último, que é pro Curupira não levar!
No meio do caminho, topamos com cutias esbaforidas e uma turma de macacos-de-cheiro - um macaco pequenininho de rabo empinado - correndo a nossa frente.

Chegamos a um braço de mangue semelhante a um rio, onde embarcamos em uma pequena canoa cheia de água no fundo. Ufa! Um tal de tirar a água com a cuia!...

Fomos levados pelas remadas vigorosas do Seu Lázaro e seu ajudante, Aílton, avistando coqueiros meio submersos e revoadas de garças, guarás e papagaios por todos os lados. É uma gritaria nos ares! Benza Deus, a natureza!

Lá pelas tantas, o mangue deságua em um estuário muito aberto, onde do lado direito é a mata fechada e do lado esquerdo, uma praia de areia tão branca e fininha que nossos pés afundavam até os tornozelos.

Ali, era permitido o banho.

- Mas cuidado com a arraia! - preveniu Seu Lázaro.

Aprendi com ele: as arraias costumam dormir rentes ao chão, cobertas por uma fina camada de areia, junto à superfície das águas. Se pisamos nelas: zupt! Lá vai um ferrão no pé. A solução é entrar na água juntos, em bloco, e nunca se aventurar muito longe sozinho.

- Assim, elas fogem - explicou o caboclo.

Foi o que fizemos. Delicioso! A água é meio doce, meio salgada, bem leve, fruto da mistura das águas do Rio Amazonas, Xingu e do Oceano Atlântico.



Veja a continuação clicando aqui.






Texto e fotos de Valéria Martins no blog Pausa do Tempo

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